DE
SORRISO afável e demonstração de amistosidade nos
primeiros momentos da posse, aos poucos o papa Francisco I, o temido ex-cardeal
de Buenos Aires, mostra sua caixa de ferramenta e coloca em evidência por que
foi eleito ao posto mais alto da Igreja Católica.
DAS suas primeiras homilias, ele não esconde qual será
o seu papel e porque foi colocado à frente dos católicos.
DIAS
ATRÁS (12 de abril), Francisco reacendeu uma chama
que se encontrava sepultada desde antes de João XIII: o fato de a Igreja
abdicar a ser a única instituição cristã capaz de interpretar a Bíblia.
DIAS ANTES, porém, ele soltou mais uma ao afirmar
que o catolicismo é soberano sobre a herança deixada por Jesus Cristo.
O QUE ele quer dizer com isso? Que a Igreja Católica é a
única em que a humanidade pode encontrar a Salvação em Jesus.
QUE o Deus Todo Poderoso e Justo não permita tal coisa!
FRANCISCO, perante o Comitê da Bíblia do Vaticano, rebateu o
protestantismo sobre a polêmica da interpretação subjetiva, rejeitando esta tese e
reafirmando que apenas a Igreja Católica tem a habilitação de poder interpretar
de forma correta as Escrituras do Antigo e Novo Testamento.
PARA
fortalecer sua tese, o papa recorreu ao Concílio Vaticano II (1962 – 1965) e à
Constituição ‘Dei Verbum’ que falam sobre o papel da Igreja neste contexto. “Tudo
o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em
última análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato
divino e o ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus”, ressaltou.
NO ENTENDER
de Francisco, a sagrada tradição do catolicismo garante à Igreja transmitir a
Palavra de Deus a todos os povos da Terra. “A insuficiência de qualquer
interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise incapaz de
acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela tradição
de todo o povo de Deus”.
O QUE se
tira disso? A Igreja Católica, com atraso, tenta retomar, em pleno século 21,
uma situação em que ela não foi capaz de fazer ao longo de quase dois mil anos.
NÃO se tira
o mérito do catolicismo ter sido a guardadora de importantes
documentos da história cristã no mundo ao longo dos séculos.
CONTUDO,
devido ao seu egoísmo feroz e atroz, não fez o verdadeiro papel de
evangelização solicitada por Jesus.
ALÉM do
mais, se beneficiou do fato de abusar das verdades evangélicas ao compartilhar
com as vontades mundanas, inclusive levando à fogueira milhares, talvez milhões,
de pessoas, por se achar detentora infalível dos desígnios de Jesus, o Filho de
Deus.
TAMBÉM pesa
sobre a Igreja Católica, historicamente, ter transformando as vontades de Jesus
em paganismo ao fundir as coisas pagãs do Império Romano às doutrinas de Jesus.
Ou seja, misturou o que era profano com o sagrado. E mantém estas mesmas
atitudes até hoje, como se nada tivesse acontecido.
DIANTE destas
inconseqüências, o catolicismo não tem mais moral para se achar no direito de
ser a única capaz de interpretar as Escrituras de Deus.
NA VERDADE,
Francisco, a exemplo de João Paulo II, deveria estar pedindo perdão de seus
pecados e também os da Igreja, a qual se encontra enlameada até o pescoço com
os casos de pedofilia de seus clérigos.
DEVEMOS, uma
vez por todas, dizer não ao retrocesso e caminharmos livremente em direção a
Jesus Cristo, por meio dos Evangelhos da Boa Nova legados pelos seus apóstolos
a toda a humanidade, conforme Ele determinou.
CABE a cada
ser humano interpretar a Palavra de Deus, se possível com auxílio de pessoa
completamente obediente aos propósitos do Deus Único e Vivo ou pela inspiração
do Espírito Santo.
BASTA
somente isso para crermos em Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo.
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